Eu começo este post afirmando: Sou fã da Burocracia!
Por favor queridos leitores, não queiram me amarrar e internar em um hospicio para loucos perigosos.
Antes de tudo, é necessário entender o surgimento da Burocracia.
A Teoria da Burocracia desenvolveu-se dentro da Administração ao redor dos anos 40, em função, principalmente, dos seguintes aspectos:
– A fragilidade e parcialidade da Teoria Clássica e da Teoria das Relações Humanas;
– A necessidade um modelo de organização racional aplicável não somente à fábrica, mas a todas as formas de organização, principalmente às empresas;
– O tamanho e complexidade crescentes das empresas;
– O ressurgimento da Sociologia da Burocracia.
Max Weber, um sociólogo alemão, foi considerado o fundador da Teoria da Burocracia.
Na concepção de Weber, a palavra “burocracia” tem um significado técnico que identifica algumas características da organização formal voltadas para a racionalidade e para a eficiência.
A formatação perfeita de burocracia apresenta sete características básicas:
- Formalização: todas as atividades da empresa são definidas por escrito (rotinas e procedimentos) e, a empresa trabalha de acordo com um conjunto de leis ou regras que são aplicáveis a todos os casos, sem exceção.
- Divisão do trabalho: cada funcionário tem um cargo ou posição definidos em uma esfera especifica de competências, com deveres oficiais, atribuições especificadas e delimitadas.
- Principio da hierarquia: cada funcionário obedece ordens impessoais que guiam suas ações para que tudo seja feito de acordo com os regulamentos. Existe a unidade de controle, onde cada funcionários tem um único chefe, formando ai a estrutura em forma de pirâmide da burocracia.
- Impessoalidade: o perfil do funcionário ideal é impessoal no relacionamento com os demais colegas de trabalho, pois a burocracia enfatiza os cargos e não as pessoas, pois as pessoas entram e saem das empresas mas os cargos permanecem inalterados.
- Competência técnica: para selecionar e escolher um novo funcionário, as empresas se guiam pela competência técnica e qualificação profissional que estes apresentam, em detrimento de qualquer tipo de relação pessoal. Por isso, fazem uso de recursos como concursos para novas contratações.
- Separação entre propriedade e administração: os recursos utilizados para realizar as tarefas não são de propriedade dos burocratas e sim da empresa.
- Profissionalização dos funcionários: os funcionários da burocracia são profissionais, especialistas em face a divisão do trabalho, são assalariados de acordo com suas funções ou a posição na estrutura hierárquica que ocupam.
Cada empresa apresenta diferentes graus de burocratização em cada uma das sete características apresentadas, ou elas podem ser muito burocratizadas em uma dimensão e pouco em outra, isso depende da administração da empresa.
A Teoria da Burocracia representa o tipo de organização com capacidade de atingir o ápice da eficiência para alcançar os objetivos traçados pelas empresas, pois é estritamente racional.
Diante desta pequena aula sobre a Teoria da Burocracia, vamos a fatos concretos:
Quem nunca começou em um novo emprego e, teve que adivinhar como se faziam os serviços de acordo com o que a empresa esperava mas, esse aprendizado tinha que ser na base da intuição?
Ou, ainda, quantos colaboradores já não foram contratados sem, que houvesse uma seleção apurada onde fosse diagnosticada sua capacidade técnica para exercer a atividade que seria designada a ele?
Vamos além, quantos de nós, em algum período de nossa vida profissional, não tinhamos certeza de quais eram realmente nossas atribuições?
Pois é, e, essas situações acontecem o tempo todo em empresas que não conseguem medir a necessidade de se estruturar organizacionalmente.
Constituir procedimentos dentro de uma empresa não é sinônimo de engessamento da gestão.
É sinônimo de assertividade, busca pela eficácia.
Treinar seus colaboradores, mostrar como a empresa funciona e o que se espera de cada um deles, é ponto importante para que a empresa se torne mais competitiva aos olhos do mercado.
Mas, não esquecendo é claro, que toda a regra é burra. Há de se usar o bom senso.
Até o próximo post.
Cristina Santos
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